Para boa
parte das mulheres que empreendem, a sua renda é necessária para complementar a
renda da família e em muitos casos, é a única renda. Depende delas prover uma
vida decente para a sua família. Ela precisa pagar aluguel, parcelas de carro,
escola, comida, roupas e tudo o mais que envolvem os custos de ter uma vida
ativa. Alguns dias, isso dá um frio na barriga e os joelhos fraquejam diante de
tanta responsabilidade e passa pela mente um velho questionamento: “será que
não é melhor desistir de tudo e voltar ao bom e seguro emprego com carteira
assinada?”
Como superar o medo e realmente
partir para a ação? Não vou mentir e dizer que é super fácil, porque não é.
Alguns dias, as coisas simplesmente nãos aem do jeito que você esperava e
nessas horas você precisa levantar, sacudir a poeira e ir adiante. Alguns dias
é necessário pensar em um plano de contingência.
Eu me dou
tempo para sentir medo e me permitir senti-lo. Então, eu me pergunto o que
acontecerá se eu não fizer algo e qual a consequência disso. Quando eu me dou
por convencida, me pergunto, o que provavelmente pode acontecer se eu FIZER
algo. Normalmente, a resposta que consigo é sempre melhor do que na pergunta
anterior.
Então, eu
sento e começo a pensar como contornar a situação, o que fazer, quais são as
minhas possibilidades, o que posso fazer de diferente, o que os meus
concorrentes estão fazendo que possa me dar uma ideia e adaptá-la de forma que
seja algo meu.
É
necessário se permitir sentir medo, assumi-lo, mas nunca permitir que ele
supere todo o resto.
Isso não
quer dizer que eu não ouço minha intuição. Se ela estiver me dizendo para não
fazer algo, certamente não farei, pois ela tem uma grande mania de estar certa.
Na verdade, toda vez que me pergunto: “O que pode acontecer de pior?”,
normalmente é exatamente isso que acontece. É melhor não contrariá-la, certo?
Superar
os medos envolve um constante diálogo interno com a sua voz interior. Se por um
lado, essa voz te aconselha a nunca correr riscos, por outro ela grita: “Vai
lá! Faça logo! Vai dar certo!” Eu tenho a tendência em ouvir a segunda situação,
pois sempre tenho em mente o caminho que percorri até aqui e percebo que estou
muito longe daquela pessoa que trabalhava em uma empresa, muitas vezes 10 a 12
horas por dia para construir o sonho de outra pessoa. Olho e vejo tudo o que
deixei de viver e fazer em prol deste sonho alheio. Quando olho para toda essa
jornada, fico feliz e satisfeita e mesmo sabendo que a estrada adiante ainda é
tão longa, creio que percorrê-la é a única opção que me permito.
E você?
Você tem uma voz interior que te diz para sentir medo? Como você supera isso?